top of page

Como a Navarra está resolvendo o desafio da integração no setor elétrico, sem altos custos de setup

  • Foto do escritor: Rafael Perez
    Rafael Perez
  • há 3 dias
  • 6 min de leitura

A digitalização do setor elétrico brasileiro avança, mas não sem tropeços. Em um ecossistema onde mais de 245 empresas operam com diferentes sistemas, a integração entre agentes de mercado se tornou um dos maiores gargalos da modernização. Processos como medição, migração e desligamento continuam sendo excessivamente manuais, caros e lentos, travando a inovação.

A resposta tradicional a esse problema sempre recaiu sobre duas soluções extremas: exigir que todos os agentes migrem para um sistema único ou forçá-los a construir integrações ponto a ponto com APIs. Ambas são custosas, demandam tempo de equipes inteiras e, no final, oferecem pouca flexibilidade.

Foi a partir dessa dor que nasceu a solução Navarra Integrations — um modelo de integração inteligente que, ao invés de impor mudanças, se adapta às realidades de cada agente. Por meio da plataforma N8N, a Navarra cria fluxos automatizados, escaláveis e seguros, sem exigir milhões em setup ou a substituição de sistemas existentes. O novo marco regulatório: APIs obrigatórias a partir de julho de 2025

A digitalização do setor elétrico brasileiro ganhou um novo impulso com a Resolução Normativa nº 1.110/24 da ANEEL, que determina que a partir de 1º de julho de 2025, todas as novas migrações ao mercado livre de energia de consumidores com demanda contratada inferior a 0,5 MW serão realizadas exclusivamente por meio do modelo simplificado, via APIs (Application Programming Interface) disponibilizadas pela CCEE.


Esta mudança revoluciona a maneira como o mercado troca informações e realiza suas principais atividades. As APIs substituem interações manuais feitas pelos sistemas tradicionais (SigaCCEE e SCDE), tornando os processos mais rápidos, confiáveis e fáceis. A nova tecnologia amplia as possibilidades de automação dos serviços necessários à gestão do Contrato para Comercialização Varejista (CCV) e gera ganhos de escala para o setor, em linha com o cenário de abertura do ambiente.Fonte: Portal CCEE | Disponível aqui. 

O cenário atual: altos custos e baixa escalabilidade

Para realizar a integração de um processo de desligamento entre um varejista e uma distribuidora, a solução vigente exige que ambas as partes invistam em desenvolvimento dedicado, coordenação entre áreas técnicas e longas rodadas de homologação. Em média, essa operação pode consumir até 24 mil horas de trabalho e R$ 6 milhões em custos com pessoal e infraestrutura.

Esses números são estimativas reais enfrentadas por empresas que buscam atender às exigências de integração do setor. Agora, multiplique isso por centenas de agentes. O resultado é um modelo insustentável, que atrasa a modernização e desestimula a entrada de novos players.

Além disso, a abordagem tradicional costuma exigir que os sistemas dos agentes se adaptem ao da distribuidora, invertendo a lógica ideal: é o sistema central que deveria ser flexível o suficiente para acolher diferentes realidades operacionais.

A proposta da Navarra: flexibilidade e automação

A inovação da Navarra está em um princípio simples, mas altamente eficaz: o sistema deve se adaptar ao agente, e não o contrário.

Para isso, a empresa combina sua camada de orquestração com a plataforma N8N, uma ferramenta open-source de automação de fluxos que permite a criação de integrações sofisticadas entre diferentes serviços e sistemas — tudo sem a necessidade de programação avançada.

Com essa abordagem, é possível:

  • Criar fluxos de integração entre sistemas legados e modernos com baixo esforço.

  • Automatizar processos repetitivos com poucos cliques.

  • Rodar integrações com altíssimo volume (até 220 execuções por segundo).

  • Personalizar cada fluxo de acordo com a operação específica do agente.

Na prática, isso significa que um processo que antes demandava semanas de desenvolvimento e uma equipe inteira, agora pode ser realizado por uma única pessoa em questão de horas.

N8N: a espinha dorsal da automação

O uso do N8N como base da operação é um fator fundamental de sucesso. A plataforma se tornou referência global em automação de workflows exatamente por sua escalabilidade, flexibilidade e comunidade ativa.

Dentre seus principais diferenciais:

  • Interface intuitiva: arraste e solte para configurar integrações.

  • Integração com mais de 200 serviços: de CRMs a bancos de dados e sistemas legados.

  • Execução paralela de tarefas: ideal para grandes volumes.

  • Implantação flexível: o agente pode rodar o sistema em servidor próprio ou contratar como SaaS.

A combinação entre N8N e a inteligência da Navarra permite criar uma malha de integração descentralizada, adaptável e segura.Reconhecimento no mercado: destaque no Hackathon da CCEE

A eficácia da solução da Navarra foi reconhecida pelo próprio mercado. Em 2024, a empresa participou do primeiro Hackathon da CCEE, competindo entre 186 inscritos com soluções tecnológicas para tornar a abertura do mercado livre de energia mais simples e eficiente. A Navarra Technologies foi selecionada entre as 10 equipes finalistas (encerrando em terceiro lugar), demonstrando que sua abordagem de integração inteligente está alinhada com as necessidades do setor e as diretrizes da própria CCEE.


Este reconhecimento valida a proposta da empresa de criar software para ajudar no desenvolvimento financeiro da comercialização de energia, especialmente em um momento em que o setor passa por uma transformação digital acelerada com a obrigatoriedade das APIs.

Casos de uso: do cadastro à migração

A solução da Navarra já foi aplicada em diversos contextos dentro do setor elétrico. Veja alguns exemplos:

1. Workflow de cadastro e migração no CRM

Em vez de contar com várias equipes para atualizar sistemas, a integração com o CRM permite que o cadastro de novos clientes e a solicitação de migração sejam feitos de forma automática. Dados fluem entre os sistemas, são validados, armazenados e sincronizados sem intervenção humana.

2. Desligamentos automatizados

A troca de informações entre varejista e distribuidora é feita por meio de triggers automáticos, que garantem que todos os passos — solicitação, validação, execução e confirmação — ocorram sem atrasos.

3. Compliance em dados

Agentes com políticas mais rígidas podem optar por executar o N8N em servidores próprios, mantendo o controle total sobre seus dados. Já aqueles que buscam agilidade, podem utilizar a versão SaaS da Navarra, com alta disponibilidade e suporte contínuo.

O impacto para o setor elétrico

A principal mudança trazida pela abordagem da Navarra é a democratização da integração. Pequenas e médias empresas, que antes estavam em desvantagem por não conseguirem arcar com grandes estruturas de TI, agora podem operar com o mesmo nível de automação de uma grande distribuidora.

Essa transformação gera impactos diretos em três frentes:

  • Redução de custos: menos horas, menos pessoas, mais agilidade.

  • Aumento de competitividade: mais empresas conseguem participar ativamente do mercado.

  • Inovação na ponta: abre-se espaço para a criação de novos produtos, serviços e modelos de negócio.

Além disso, o modelo modular e escalável da Navarra está preparado para lidar com um mercado em constante mudança, como o de energia — onde a portabilidade, os contratos dinâmicos e a geração distribuída exigem flexibilidade e velocidade.

Escalabilidade na prática: 19 milhões de execuções por dia

Os números de performance da infraestrutura da Navarra impressionam: mais de 220 execuções por segundo, totalizando 19 milhões por dia. E o sistema foi desenhado para paralelizar fluxos e rodar em diferentes instâncias simultaneamente, sem comprometer a performance.

Na prática, isso garante que a operação dos agentes não sofra gargalos, mesmo nos momentos de maior demanda — como janelas de migração ou picos de desligamento.

Segurança e governança: prioridade desde o início

A solução da Navarra foi pensada para operar com os mais altos níveis de segurança e governança de dados. O agente pode escolher onde rodar seus fluxos, definir regras de retenção, estabelecer logs de auditoria e configurar checkpoints para cada etapa dos processos.

Isso garante não só compliance com a LGPD, mas também transparência nas operações e rastreabilidade em auditorias e fiscalizações.

O futuro da integração no setor elétrico

A digitalização do setor elétrico brasileiro está apenas começando. O surgimento de novas tecnologias, o avanço da geração distribuída e a abertura do mercado livre de energia para consumidores menores vão tornar a interoperabilidade entre agentes ainda mais crítica.

Nesse cenário, soluções como a da Navarra deixam de ser um diferencial e se tornam um pilar estratégico para garantir escalabilidade, governança e eficiência.

Acreditamos que o futuro da integração será:

  • Descentralizado: com autonomia para cada agente operar em sua arquitetura.

  • Customizável: com fluxos adaptados à realidade de cada empresa.

  • Inteligente: com dados fluindo em tempo real entre diferentes sistemas.

  • Seguros e auditáveis: para garantir confiança entre as partes.

Conclusão

O setor elétrico sempre teve uma estrutura complexa. Mas isso não precisa ser um obstáculo para a inovação — desde que as soluções adotem uma lógica mais inclusiva, flexível e escalável.

A Navarra Integrations prova que é possível conectar agentes, modernizar processos e garantir compliance — tudo isso sem exigir que as empresas abandonem seus sistemas, mobilizem grandes equipes ou invistam milhões em TI.

Quer testar esse modelo na prática? Estamos buscando parceiros com agentes de diferentes perfis.


 
 
 

Commentaires


bottom of page